Em uma entrevista para a Famitsu, o lendário criador de Mario e The Legend of Zelda, Shigeru Miyamoto, revelou o que todo mundo já meio que sabia: a Nintendo não está nem aí para a “guerra dos jogos” entre Sony e Microsoft. Enquanto o PlayStation 5 Pro custa o olho da cara e o Xbox compete em quem tem os teraflops mais musculosos, a Nintendo está zen, focada em manter sua própria vibe.
Miyamoto deixou bem claro que a Nintendo prefere continuar fazendo coisas “exclusivas da Nintendo” (como se alguém estivesse esperando Zelda no Xbox). E o argumento é quase filosófico: enquanto seus concorrentes estão em uma corrida tecnológica para ver quem tem o hardware mais poderoso, a Nintendo, com seu humilde Switch, continua vendendo como pão quente, mesmo com o sucessor do console já batendo na porta.
O criador japonês ainda soltou a pérola: “Espero que compreendam a Nintendo e não se envolvam naquilo que por vezes se chama a ‘guerra dos jogos’, como a busca por especificações elevadas e a forma de melhorar o desempenho dos consoles (risos)”. Risos, Miyamoto? Sério mesmo? Porque a gente está rindo aqui também.
A abordagem “faça o que te faz feliz” da Nintendo é quase um tapa na cara dos concorrentes. Enquanto a Sony e a Microsoft continuam com seus superconsoles, a Nintendo mantém a pose de “nós estamos acima disso”. E, sejamos francos, está funcionando. O Switch ainda é um sucesso de vendas, e ninguém mais questiona se ele vai alcançar os concorrentes. Quem se importa com gráficos 4K quando você pode balançar uma espada virtual como o Link em Breath of the Wild?
Então, se você estava esperando que a Nintendo entrasse nessa disputa com um super console que possa competir diretamente com os pesos-pesados da Sony e Microsoft, pode tirar o Mario da chuva. Miyamoto e sua equipe estão ocupados demais criando experiências “únicas” – seja lá o que isso signifique.
Agora nos resta esperar e ver o que a Nintendo nos trará com o novo console. Uma coisa é certa: não será um PS5 Pro. Mas, como sempre, vai ter aquele toque mágico da Big N que ninguém sabe exatamente o que é, mas que nos faz abrir a carteira sem pensar duas vezes.